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domingo, 18 de outubro de 2009

O que é ser regente de crianças na nossa igreja?

Olá, pessoal, este é o primeiro tema com o qual abro nosso blog para reflexões "O que é ser regente de crianças na nossa igreja?". Como em muitas igrejas, há sempre um grupo de pessoas que fica responsável em trabalhar as canções com as crianças, responsabilidade essa que parece um ciclo: escolhe a música, aprende, ensaia as crianças e, finalmente, faz as crianças cantarem em um dos cultos. É uma obra, como outra qualquer, trabalhosa por se tratar - principalmente - da obra do Senhor, mas que, no final, traz uma recompensa maravilhosa: ver todas as crianças louvando ao Senhor, do jeito que elas conseguem. Que bênção! Mas, será que é só isso a que se resume o trabalho de um regente de crianças na igreja?

Trabalhar como regente de crianças requer, no mínimo, três coisas: uma habilidade pedagógica, uma sensibilidade musical e outra sensibilidade espiritual. Essas três devem compor a característica básica - falei básica - de uma pessoa que tenha um objetivo de ser um bom regente infantil. Na maioria dos casos, infelizmente, as pessoas acreditam que apenas o terceiro item (sensibilidade espiritual) é o necessário para instruir as crianças através das canções que elas entoam.

Ter uma sensibilidade espiritual, para atender aos impulsos do Espírito Santo, a fim de saber a vontade do Pai no desenvolver do trabalho cristão, é essencial, pois a obra é do Senhor, e é Ele quem nos conduz à concretização do nosso trabalho. No entanto, trabalhar com crianças - na verdade, trabalhar com a Igreja do Senhor - requer o entendimento de que ali existe um grupo de pessoas, que compartilham interesses e costumes comuns, ou seja, de que ali existe uma sociedade, sociedade essa que objetiva fazer a obra do Senhor (1). Por isso, ter uma habilidade pedagógica torna-se fundamental para que o trabalho seja mais agradável a todos e, assim, progressivo. É preciso ter sabedoria na manipulação das palavras, para não ser grosseiro com as crianças que são mais sensíveis (meninos e meninas), ou para não deixar de ter "pulso firme" perante as crianças que são menos passivas às nossas advertências. É preciso ter estratégias de ensino (2), lidar com cartazes, brincadeiras, perguntas, competições inteligentes etc. É preciso que o regente tenha uma agenda, na qual se organize todos os seus planos de atividades, anote as observações de cada criança, descreva o histórico de ações, ou seja, que a sua vida no trabalhar com as crianças seja uma história com registros.

Outro fator importante, ainda no que se refere ao pedagógico, é aquela sequência de atividades medíocres - no sentido literal da palavra, é claro -, em que se resume a escolher a música, aprender, ensaiar as crianças e, finalmente, fazer as crianças cantarem em um dos cultos. Essa organização precisa ser mais longa, mais detalhada, mais analisada. Por exemplo, na escolha do hino, deve haver um estudo cuidadoso sobre o que diz a letra: será que não há nenhuma heresia? Será que não há nenhum barbarismo ou incoerências? Em um hino de Natal, encontrei uma estrofe que dizia: "todos juntos exultemos... velhos hinos recordemos... pois assim vamos contente... traz, Papai Noel, presentes..." Pessoal, todos nós devemos saber que Papai Noel é uma criação herética, pois ele foi criado para substituir a providência de Deus na vida das crianças, assim a crianças deixam de pedir a Deus para pedirem a Papai Noel. Então, que a lista de atividades, na escolha dos hinos, seja ampliada um pouco mais.

Em se tratando de música, cuidei de não classificar como habilidade musical, mas sim como sensibilidade, de maneira que não é necessário que se preste vestibular para música, a fim de se trabalhar com um coral de crianças. Não significa dizer que um coral de crianças requer menos responsabilidades, mas sim dizer que não precisa de tanta coisa para fazer algo simples ou rebuscado. Na verdade, o importante é que a criança saiba o que está cantando, e que os hinos escolhidos sejam apropriados para o público infantil. Imagine uma criança com uma extensão vocal daquela de oito anos de idade cantando músicas de uma mulher soprano! Fica muito lindo, se você quer que essas crianças tenham sérios prejuízos em suas vozes, como calo nas pregas vocais, perda da identidade vocal, entre outros. Devemos ser radical aqui em padronizar: criança canta hinos de criança. Assim, tudo fica mais fácil para os regentes e, principalmente, para o futuro vocal do pequeno levita.

Bom, pessoal, é isso aí. Espero que vocês tenham gostado e percebido que ser regente de um coro de crianças não é uma simples coisa. Mas o importante é sabermos observar que podemos ou precisamos fazer algumas mudanças, se quisermos dar o nosso melhor para Deus. O ponto de partida é este, reconhecer que podemos fazer mais e melhor; logo depois, pedir a Deus que nos ensine e, em seguida, fazer todo o esforço possível, pois o esforço demonstra nosso interesse. Fiquem na Paz de Deus, e até a próxima.


1Por isso todos ali têm a mesma responsabilidade, mas funções diferentes - mesma responsabilidade de fazer a obra do Senhor.
2O ensino não deve apenas ser específico nas músicas, uma vez que as crianças precisam {a} saber o que elas estão cantando, para terem convicção na execução dos hinos; {b} ter mais experiência nas coisas que são de Deus, pois elas têm, na maioria das vezes, mais contato com as crianças que não são evangélicas, por causa da escola, da vizinhança etc.; mas o ensino também deve ser baseado nas histórias e preceitos bíblicos. Isso dever ser feito, não como se ensina a um adolescente ou a um adulto, mas dever ser feito à maneira infantil - está aí a habilidade pedagógica.

Cronologia:
Artigo 1, O que é ser regente de crianças na nossa igreja?

2 comentários:

Consultora em Educação disse...

Ambientes barulhentos agridem o bebê

Na 22ª. segunda semana de gravidez, a cóclea, órgão que abriga todos os componentes da audição dentro da orelha interna, já está completamente formada. Isso quer dizer que o bebê ouve a mesma coisa que você.

Estudos já demonstraram que o líquido amniótico pode amplificar alguns tipos de som, como os muito graves. A voz da mãe também é amplificada em cerca de 5 decibéis.

Um estudo chegou a mostrar que mulheres que trabalhavam oito horas por dia num ambiente de muito barulho (em volumes que exigiam proteção auricular) corriam mais risco de ter bebês com problemas auditivos.

Além disso, é preciso considerar que um barulho muito forte faz com que o organismo da mãe produza hormônios ligados ao estresse, fazendo o coração acelerar, o que não é bom para a saúde cardíaca do bebê.

Os bebês, desde o útero materno, ouvem e reconhecem vozes. Sabe-se também que são capazes de sentir emoções da mãe, de se assustar e que após o nascimento terão memórias da vida intra uterina.

O psiquiatra canadense Thomas Verny explica no livro “Bebês do Amanhã: Arte e Ciência de Ser Pais”, que desde os primeiros meses de gestação, a criança é capaz de identificar certos acontecimentos.

“Com 4 meses e meio, se você acender uma luz forte na barriga de uma gestante, o bebê vai reagir. Se fizer um barulho alto, ele tenta colocar as mãos nas orelhas. Se colocar açúcar no liquido amniótico, ele vai dobrar a ingestão. Bebês gostam de açúcar! Quando se coloca algo amargo, o bebê para de tomar o líquido e faz cara feia. Eles sentem a diferença entre doce e amargo, reagem à luz, ao toque e ao barulho.”

Vídeo-game e todos os brinquedos sonoros devem ser avaliados pelo som que emitem. “O sistema auditivo é um órgão sensorial extremamente delicado e passível de lesões se for muito carregado, principalmente em bebês, que têm uma sensibilidade auditiva muito apurada. A célula ciliada do ouvido interno do bebê sofre com o ruído excessivo e esse abuso pode acabar levando à sua destruição”, alerta o otorrinolaringologista Jamal Azzam.

A indicação é sempre manter os pequenos longe de ambientes muito barulhentos, seja um local fechado ou na rua, onde o som do trânsito também causa incômodo. Se for inevitável fugir desses locais, o ideal é proteger os ouvidos da maneira certa. “Muitos pais usam algodão para tapar o canal auditivo, mas isso não garante a vedação necessária do som. Uma opção é usar fones de ouvido de boa qualidade que preservem a audição”, finaliza Azzam.

Ivone Boechat

Consultora em Educação disse...

ATENÇÂO

“Há uma região no cérebro chamada “tálamo”. Esta é a parte do cérebro na qual a música é percebida. No tálamo as emoções, sensações e sentimentos são percebidos antes destes estímulos serem submetidos às partes do cérebro responsáveis pela razão. A música, portanto, não depende do sistema nervoso central para ser assimilada imediatamente pelo cérebro. Ela passa pelo aparelho auditivo, pelo tálamo e depois vai ao lobo central. 
A “batida” que substitui o ritmo provoca um estado de emoção que a mente não discerne. Desorganiza a química. As batidas graves da percussão afetam o líquido cerebrospinal.
O volume (amplificado) das músicas acima de 50 decibéis prejudica a audição e a saúde cerebral”.

Ivone Boechat